segunda-feira, 5 de abril de 2010

Na sexta-feira da paixão retomei da gaveta um sambinha de breque, sambinha safado do tipo que surge, e surgiu, de uma tarde ociosa, alquebrado numa cama curtindo uma dor de barriga oriunda de um Domecq.

Vagabundo exigente


Acordei, e sei que vou
Vestir as chinelas de praia
Tomar um sol na areia e no bar
Vou trajado de gala,
No passo de um mestre-sala,
Como quem nada quer,
E assim no silêncio, andando fagueiro
Conquistar a mulher.
Vou comprar um isqueiro,
Daquele careiro
Que eu vi na tv
Perfumar todo o baile
Com a nova essência que hei de usar,
Vou ser professor
Anatomia em braile
Só pra educar.

Sou um malandro exigente
Meu teste é no dente,
Não calço sapato
Sem antes limpar,
Mulher que ande comigo
Terá um abrigo
No meu coração,
Pegue a chave do quarto
808 na recepção.

O teste para todas é o mesmo
Não há preconceito e nem proteção,
Quando aplico a prova, meu bem,
se prepare pra operação:
A soma é o perigo e só há
o castigo da subtração,
Não multiplique a prole,
Não doto de bens e nem divisão.
Só não se zangue mulher,
Pois ainda há a turma da repetição.
Recuperar-se de mim é
o teste do fim,
Não há solução.

As mais feias aviso: Não correm
o risco de tudo perder, atentem as ordens
estudem a fio e podem me ver.

Minha pegada é de urso,
mas, depile esse buço
Assim não vai dar
Mulher de bigode
Nem o diabo não pode
É bom confirmar.

**
valeu, abraços!

2 comentários:

  1. Samba de breque é assim,
    bateu quebrou.!

    interessante.
    me gustaría conocer a este autor.

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