quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Guapuruvu


E com as mão a cabeça
Pasmo e como quem se assusta
Diante a tão grandiosa beleza
Ouve-se o bramido:
"Tá chovendo flores velho!
Tá chovendo flores!"

E o céu se fecha
e a agonia transborda
O sorriso aparente
dourado escorre
pelos pêlos do rapaz

E os outros em suas risadas
Oblíquas e desvainecidas
envaidecidas ensolaradas
Batem seu dedos contra peles de aço

Rasgam suas latas, garrafas,
papeis de seda e mato verde,
velas!
Põem em si coroas de espinho
e esperam,
Esperam os elicópteros e as nótícias
Dos que caem no Lago Paranoá

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